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domingo, 23 de janeiro de 2011

Estranha coincidência?

Neste final de semana topei com dois trailers muito bons, mas com uma grande coincidência entre ambos.

O primeiro no sábado era sobre o Crysis 2. Como todo bom trailer, ele resalta as qualidades do jogo: "Be strong" (seja forte), "be fast" (seja rápido), "be invisible" (seja invisível), "be the weapon" (seja a arma). Isso faz parte da industria e do tratamento que já é dado de praxe aos jogos, por que não dizer logo, produtos. Afinal a Crytek e a Eletronic Arts, estão nesse negócio pelo lucro. Mas a música do Prodigy ao fundo deixa outra mensagem bem clara: Invaders must die! (invasores devem morrer). Confiram:


Agora no começo deste domingo eu topo com o segundo trailer. Agora para o aclamado, esperado e taxado de vaporware Duke Nukem Forever. Não é preciso ir longe para ressaltar as qualidades esperadas de um jogo com um personagem como Duke Nukem: mulheres em trajes sumários, ou sem roupas mesmo, comentários sarcásticos, violência na tonelada e, claro, aliens nas mais diferentes formas e tamanhos para chacinar. Depois de mais de uma década a combalida 3D Realms, suas salvadoras, a Gearbox Software e a 2K Games, bem como os credores/investidores de George Broussard esperam algum retorno financeiro. Porém, coincidência das coincidências: Prodigy com a sua Invaders must die, está novamente lá no fundo, a todo vapor.


 Mas por quê dois trailers lançados em espaço de tempo tão curto tem a mesma música de fundo? Apesar do gênero ser idêntico tanto no Crysis 2 quanto em Duke Nukem Forever, isto é, fps, a forma de aborda-lás e bem distinta. Enquanto em Crysis 2 a ação pende para o militarismo e com toques de realismo fantástico aqui e alí, Duke Nukem desde os primórdio investiu no humor adulto - ou na escatalogia, para as sensibilidades mais frágeis/influenciáveis. Nos dois jogos o apocalipse alienígena aconteceu, mas enquanto no primeiro isso é levado a sério, no segundo, é somente uma desculpa para diversão com armas de grosso calibre.

A minha suposição para esta estranha coincidência tem a ver com o longo tempo de produção de Duke Nukem Forever. Em mais de dez anos o público original de Duke Nukem 3D simplesmente envelheceu. Provavelmente se o trailer fosse empacotado com o tema original tocado pelo Megadeth eu ficaria satisfeito. Mas para as audiências mais novas, público alvo de Duke nestes dias, iria soar como um anacronismo. Algo semelhante a colocar um bom jogo dos anos 90 na mão de alguém nos seus 20 para 30 anos e na mão de um adolescente. No primeiro caso talvez desperte nostalgia e boas memórias. No segundo vai despertar o desconforto diante de algo arcaico como pixels e sprites. Então para atrair a atenção de um público maior o jeito é embarcar na "onda" de algo mais "moderno/contemporâneo" - e por tabela elevar a quantidade de potenciais compradores.

Mas isso é claro não passa de especulação da minha parte. O trailer de Duke Nukem Forever não ficou ruim, longe disso. Finalmente veremos algo realmente novo da franquia ser lançado. Contudo, ao menos em minha opinião o tema original tocado pelo Megadeth tem muito mais personalidade, mais vida e mais "cojones" que  o Prodigy. Ouçam e tirem suas prórprias conclusões:

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