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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O último dos Beat'em up: God Hand




Após o fim da guerra dos 16 bits muita coisa realmente mudou no mundo dos games. Muito do que era produzido em 2D e pixel art, passou a ser feito em 3D e polígonos. Alguns gêneros simplesmente desapareceram ou sofreram severamente. Que o diga Sonic que após várias tentativas de agradar no formato 3D, parece ter retornado a suas origens. Ou mesmo a cultuada série Street Fighter, que em sua última versão incorporou gráficos atuais, mas manteve a boa mecânica dos bons tempos do 2D.

Entre os mortos e feridos desta transição está o famigerado gênero Beat'em up. Iniciado nos arcades com Double Dragon (Technos Japan), rapidamente a coroa do melhor "briga de rua" passou a ser disputado pela competente série Final Fight (Capcom) e pelo, em minha opinião, magnífico Streets of Rage (Sega). Entre outros concorrentes menores, mas não menos importantes, como o cartunesco River City Ransom (Technos Japan) ou mesmo o bem humorado Battletoads (Rare).

Contudo desde do advento dos 32 bits o gênero sofre de inanição crônica. Penso que além das questões de cunho técnico, Beat'em up é um gênero enraizado no "modo 2D de pensar o mundo", atribuo uma parcela de culpa à onda do politicamente correto que contaminou o mundo/mercado daqueles tempos até hoje: Buscar o conflito para resolução de problemas passou a ser bastante mal visto. Isto é, descer o braço em arruaceiros, bandidos e traficantes em geral, sejam eles homens ou mulheres (a pancada é dividida igualmente pra todos os gêneros), pega mal na publicidade. Uma espécie de penalidade hipócrita pela fantasia de desconsiderar coisas como a existência de leis, princípios como o do processo legal (entre outros) e a atuação da mídia como regulador dos processos democráticos - e sua auto-defesa contra os desvios de quem quer que seja.

Deixando de lado os pontos de vista mais sérios, este blog não tem por objetivo tecer comentários políticos ou coisa do tipo, vamos ao que realmente interessa. Esporadicamente alguém na industria (abencoados sejam estes poucos corajosos) consegue ter peito suficiente para quebrar da ditadura das "versões em série" que se tornou o mercado atual. O Resultado são coisa singelas como o Beat'em up God Hand (Capcom).

God Hand tem aquele estilo um tanto desleixado, às vezes grosseiro, munido de toneladas de humor e nonsense. Bem ao estilo japonês de ser: Isto é, luta livre é um estilo de combate, super sentais realmente existem e um chefão de fase pode ser um gorila de máscara. Tudo beirando o bizarro, tudo absolutamente normal. A imagem que ilustra este texto e os vídeos abaixo atestam a insânia que é o jogo. E o quanto é divertido o Beat'em up.






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